tag:blogger.com,1999:blog-8252189544396029412024-03-13T11:52:55.932-03:00A Encantadora de PalavrasUm espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.comBlogger175125tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-9381790127194459852016-08-08T23:19:00.000-03:002016-08-08T23:31:36.413-03:00Ela sorriu. Deve estar tudo bem
Ela sorriu.
Há um tempo ninguém via um sorriso novo, mas agora ela sorriu. Deve estar tudo bem, certo?
Claro. Ela está feliz. Sente-se plena e realizada e tudo está funcionando perfeitamente. Ela quer que você saiba que tudo está em seu lugar e que os dias são azuis. Há flores nos vasos, luz entrando pela janela e fazendo com que os grãos de poeira dancem ao som de uma música feliz. Ela Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-87827976468437770352015-09-25T20:38:00.001-03:002015-09-25T20:43:04.355-03:00De carona - uma crônica sobre a felicidade do outro.
Já sentiu uma felicidade descarada, desmedida e meio doida? Já misturou lágrimas e sorrisos na mesma feição e ficou meio sem conseguir explicar o motivo? Já experimentou uma alegria daquelas de cor berrante, com estampa de bolinha? Já? E já provou a loucura que é sentir tudo isso pela felicidade de outra pessoa? É o que eu estou sentindo agora, leitor querido. Uma amiga vai se casar amanhã eFernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-31092867094726000592015-04-10T22:57:00.002-03:002015-04-10T22:57:59.610-03:00Das gavetas
Alguns textos, confesso, foram destinados às gavetas. Alguns escritos são meus, tão profundamente meus, que se recusam a conhecer as pessoas. São palavras que não cabem na vastidão do mundo interior, que se perdem na agonia de não ser e acabam rompendo caminho dedos afora. Mas feito isso, simplesmente não sabem mais pra onde ir.
Ah! mas essas palavras, atrevidas e melindrosas, se fazem Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-6539996130059096622015-02-20T16:49:00.001-02:002015-02-20T16:49:30.127-02:00Sobre Quebra-cabeças e a Vida Dia desses, pensei que viver é algo como montar um quebra-cabeça sem nunca ver o desenho na caixa. Peça vai, peça vem, a gente vai montando os dias sem nunca saber ao certo o que vai ser. Podemos imaginar, supor, tentar prever. Todavia, o desenho completo, colorido e rico, só nos é apresentado lá bem longe,  onde a vida faz a curva.
Não nos é Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-28266999098627326422015-01-20T16:06:00.001-02:002015-03-27T20:14:29.789-03:00Sem parar
O mundo não para, é o que dizem. Óbvio em certa medida; cliché, até. Todos sabemos disso, embora só venhamos a experimentar essa realidade quando gostaríamos que ele parasse.
O mundo não para. Por ninguém, nem para ninguém. Ele não para para assistir às grandes tragédias, nem aos pequenos dramas. E não diminui o ritmo para que se aliviem as dores ou se celebrem as Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-56124865715695044932014-10-21T20:10:00.002-02:002014-10-21T20:10:50.662-02:00Golias - uma crônica sobre esperança.
Existem algumas histórias - para alguns, alegorias - que se nos apresentam sem pedir licença e servem para iluminar o dia. Acontece o tempo todo, mas a gente só se dá conta disso quando está atento. Aconteceu comigo. Outra vez. Pensei hoje que todos temos, cada um a seu modo, o nosso Golias. Todos temos assuntos, situações, manias ou perrengues diversos que amiúde se avultam e parecem Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-86774693275085316112014-09-24T23:29:00.000-03:002014-09-24T23:48:51.592-03:00Cartas para Ninguém - Felipe e a Vó
Oi Vó.
Choveu aqui hoje. Eu sei que essa não é uma informação que vá modificar o seu dia, mas mudou o meu. A chuva caiu e me lembrei da senhora, com aquele croché infinito nas mãos, olhando pro pasto molhado e se preocupando com as galinhas e as mil goteiras do galinheiro. Aí deu uma saudade sem tamanho e resolvi escrever.
As coisas por aqui são mais ou menos o que eu esperava. A gente Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-59973789449191133992014-09-20T00:45:00.001-03:002014-09-20T00:56:53.579-03:00O homem, o caminho e a carga - uma parábola.
Era o homem, seu caminho e sua carga - um saco de juta, cheio de coisas. Um homem jovem, saudável e forte; um caminho longo e difícil de se cumprir e uma carga suportável, a princípio. Tudo o que ele precisava fazer era levá-la até o final do caminho. Nenhuma novidade, até então. Muitas pessoas têm trilhas a cursar e fardos a transportar. O que difere este homem específico é o fato de que seuFernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-79064521790531554792014-08-19T21:08:00.000-03:002014-08-19T21:08:39.063-03:00Maternidade Faixa Branca
Não era para hoje essa crônica. Nem para ontem. Na verdade, estou em débito com alguns leitores desde a semana passada e há apenas dois segundos, eu ainda tinha a minha filha caçula pendurada no meu pescoço. Até que eu pedi "cinco minutinhos pra mamãe escrever uma crônica" e elas partiram para a sala. Nesse exato momento, estão morrendo de rir de algo que não sei bem o que é (um arrepiozinho Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-19059798445977008532014-08-05T23:45:00.000-03:002014-08-05T23:45:44.089-03:00Como os ipês
Se hoje alguém me pedisse um conselho, apenas um, eu diria: seja como os ipês.
Tenho uma queda por eles, é verdade. Não escondo de ninguém o fascínio que essa árvore me provoca quando está florida. É uma época bonita aqui no cerrado: céu azul, ipês rosas e amarelos, alma leve - e umidade do ar abaixo do aceitável. São dias secos, muito secos. A paisagem toda se transforma e o tom Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-83103122928651842492014-07-29T13:36:00.001-03:002014-07-29T13:40:23.999-03:00Eu que não falava de amor.
E eu, que não falava de amor, agora decidi embarcar nesse trem. Eu, que não falava de amor, resolvi que talvez não doa fazê-lo. Ora, o amor - tema pintado, declamado, aclamado, e estudado é apenas um assunto. É mais uma das faces desse diamante que lapidamos durante anos; um que chamamos vida.
Nunca falei de amor, é verdade. Pelo menos não daquele sentido por duas pessoas que decidem se Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-58422331223075076642014-07-25T23:40:00.001-03:002014-07-26T09:34:30.397-03:00Escritora com Nome de Bicho
Era a escritora miudinha. Pequenininha, com um ou dois degraus subidos, mas com uma vontade enorme de conhecer a escada. Era a escritora miudinha, ainda tentando entender o processo. Peixe pequeno se aventurando fora do coral.
Tem sobrenome de bicho, essa escritora. E tem consigo essa simplicidade; esse não saber, que de tanto não saber acaba descobrindo alguma coisa. Não consegue usar as Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-25346567532283731322014-07-21T21:55:00.002-03:002014-07-21T21:55:55.526-03:00Sobre sementes e a vida
Viver é enterrar sementes, refleti dia desses, enquanto
dirigia para o trabalho. O sol ainda nascia. A estrada à minha frente me
lembrava das cobertas que tão sonolenta abandonei. E tive certeza: cada dia é
um novo plantio. Todo alvorecer traz consigo o germe do que ainda está por vir,
daquilo que supomos, sonhamos ou negamos. Cada amanhecer encerra em si uma gama
de possibilidades. É comoFernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-64757337441563001742014-05-12T23:34:00.002-03:002014-05-12T23:34:44.000-03:00Pedra e Flor: reflexões sobre ser Enfermeira.
A enfermagem é a arte e a ciência de cuidar; isso é sabido. O que eu ainda não sabia é que a enfermagem, como arte ou ciência, é obra que leva a vida toda sendo construída. Há coisas e fatos que aprendi durante meus cinco anos em período integral de faculdade. E há outras tantas coisas que compreendi em meus quase nove anos de profissão. Há coisas que foram fáceis de aprender e Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-91053786556257937992014-05-09T13:58:00.001-03:002014-05-09T13:58:54.179-03:00Toda mãe
Existem coisas que acontecem com tanta gente, que acabo pensando que ocorrem com todo mundo. Existem conceitos tão arraigados, que eu acabo crendo serem parte de uma verdade universal. Sei que nem é isso que ocorre, mas gosto de pensar que todas as mães têm algo em comum, além do fato de terem filhos.
Penso que toda mãe tem consigo um amor desvelado, daqueles que não consegue decidir entre Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-27609815863098086312014-04-15T11:47:00.000-03:002014-04-15T11:47:18.176-03:00Se você me fizer sentir gratidão.
Se você passar pela minha vida e me fizer sentir gratidão, vou me lembrar de você sempre. Se fizer meu coração rir baixinho, você terá sempre um lugar especial, a mesa posta, os lençóis limpos e as janelas amplas abertas para um lindo jardim. Meu coração é generoso com quem enfeita suas paredes com quadros de amor e amizade.
Se você me fizer sorrir à lembrança do seu olhar, vou querer te Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-2688644811461726312014-03-14T20:57:00.000-03:002014-03-14T20:57:16.554-03:00Das Coisas simples
Sabe, eu gosto de coisa simples. Gosto daquelas partes da vida em que tudo anda meio descomplicado, quando a gente olha e sabe bem o que vê. Tenho apreço por casa arrumadinha e aconchegante, mas que também te dá vontade de ficar à vontade. Gosto de poesia que fala com a gente, como quem conversa ao final da tarde, tendo o pôr do sol à frente.
Descobri que gosto de textos simples, daqueles Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-17116544026240839572014-02-11T18:15:00.000-02:002014-02-11T18:15:48.676-02:00Terceira Carta ao Senhor Futuro
Vi você ontem à noite, senhor Futuro, rapidamente. Foi quase uma fração de segundo, mas vi você, zombeteiro, parado num canto do quarto, observando-me derreter de amor enquanto mirava uma foto em preto e branco - artifício do Instagram.
Talvez você nem tenha percebido, mas vi brincar em seu sorriso enviesado a ironia de quem já viu algo se repetir infinitas vezes. Um bebê. Meu sobrinho. Eu Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-40611975113045186182014-01-17T10:23:00.001-02:002014-01-17T10:23:03.467-02:00Das Negativas
Estive aqui pensando sobre os revezes com os quais muitas vezes somos brindados pela vida. Estive aqui refletindo sobre quantos trancos uma pessoa tem que aguentar nessa sucessão de dias, fatos e saberes que é a existência de cada um. E matutei sobre as coisas que recebi de amigos e parentes. E acabei me detendo nos presentes que ganhei dos meus pais até hoje. A conclusão a que cheguei foi Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-9588165968784442822013-12-28T21:04:00.001-02:002013-12-28T21:04:08.136-02:00Da Finitude
Há muito, leitor, tenho contigo uma dívida de sinceridade. Várias vezes expus tantas verdades quantas meus dedos puderam digitar. Algumas delas, todavia, permaneceram inconfessas. Tenho essa característica, que para um escritor pode se tornar um defeito: tenho ciúmes de certos pensamentos. Alguns deles são tão meus, tão profundamente meus, que sinto pesar em dividi-los. Ocorre que algumas Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-68133166073635871182013-12-04T00:05:00.002-02:002013-12-04T00:13:05.696-02:00Véspera - uma crônica sobre novos sonhos
A meio passo de realizar um sonho cultivado por anos, com empenho e olhos brilhantes, me pergunto: e agora, José? Sei que parece estranho; que a realização dos sonhos deveria ser uma espécie de guia nessa sequência de abrir e fechar de olhos que é a vida. Sei de todas essas coisas. Todavia, hoje, às vésperas de ver o fruto do meu trabalho, me questiono. E agora?
Véspera sempre foi uma Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-25139886275837816722013-11-23T22:38:00.000-02:002013-11-23T22:38:38.474-02:00Mingau de leite - uma crônica sobre a memória do amor.
De todas as coisas simples, uma das mais singelas que conheço é a lembrança do amor que recebemos. Ela pode estar contida em qualquer objeto; pode se esconder em qualquer paisagem e se revelar com qualquer sabor, cheiro ou toque. A verdade é que a lembrança do amor está em tudo o que pudermos experimentar, mesmo que seja uma colherada de mingau.
O leitor não me julgue doida. Ou julgue, Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-87849833908472321142013-11-14T18:17:00.002-02:002013-11-14T18:17:51.862-02:00Sobre o que nos guia
A estrada costuma se apresentar a mim como um bom lugar para pensar. Talvez por estar sempre sozinha, talvez porque a vastidão do horizonte me faça refletir. Ontem, entre uma curva e outra, atenta à sinalização horizontal, praticamente perseguindo uma faixa branca contínua, um pensamento se apresentou: no final das contas, todos temos uma linha que nos guia vida afora.
Muitas vezes, esse Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-64800119846635900062013-11-04T23:53:00.000-02:002013-11-05T00:05:01.642-02:00Tão Simples
Desconfio que a felicidade seja uma senhora esperta e sábia, que não se permite rotular. Imagino que seja figura feminina, melindrosa, leve e sutil; simples, mas tão simples, que podemos passar por ela muitas vezes e pensar que não, aquela definitivamente não pode ser a Felicidade. Acredito que caminhe com pés descalços por aí, apenas aproveitando o caminho. Ela não se prende ao relógio, Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-825218954439602941.post-88248197377423970952013-10-15T00:52:00.002-03:002013-10-15T00:52:44.838-03:00Ter, escrever, plantar e mais. Bem mais. - Uma crônica sobre amizade.
As pessoas dizem por aí que todos deveriam, antes de morrer, ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Na condição de quem já realizou todas essas coisas, posso acrescentar um item? Todas as pessoas deveriam cultivar um grande amigo. Pode ser que eu não me tenha feito compreender. Veja bem: não estou falando dessas amizades amarelo-bebê. Refiro-me a uma amizade daquelas ímpares, Fernanda Coelhohttp://www.blogger.com/profile/12785713015477207340noreply@blogger.com2