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Passeando pela blogosfera esta manhã, de link em link, acabei chegando num blog que me trouxe lembranças que já iam ficando esquecidas. O blog em questão chama-se Meu Fuscão 1972 e me lembrou de um episódio recente e de outro não tão recente assim, que remete à minha infância.
Vou fazer os relatos em retrospectiva, ok?
Estávamos, eu e meu marido, dirigindo pela W3 norte (para quem não conhece, é uma via movimentada de Brasília), quando passamos por um Fusca.
- Amor, a Nana fez uma coisa engraçada esses dias.
- O quê? - Perguntei
- Ela viu um fusca na rua e ficou encantada. Disse: nossa, papai, um FUSCA!!
E meu marido continuou o relato de como nossa primogênita, contra todas as expectativas, reconheceu um Fuscão. E mais: como ela ficou maravilhada por encontrar um carro tão antigo.
Soltei uma gargalhada, me deliciando com a inocência de minha filhota e com a infalibilidade do tempo.
Sim, porque o tempo não perdoa. Tudo o que hoje é moda, amanhã ou depois já não será mais. Já se foi a época das novidades duradouras, dos escândalos perenes, e dos bens altamente duráveis. Eu brinco sempre que não se pode acompanhar os avanços tecnológicos dos computadores, celulares e fraldas descartáveis. Porque tudo se renova muito rápido.
E me lembrei de quando eu era criança. Sempre que íamos viajar com a família - meus pais, meus dois irmãos e eu - tínhamos o costume de inventar brincadeiras para o caminho. Indo de Goiás a Minas Gerais, com três crianças brigando dentro do carro, há que se ter um pouco de imaginação, amigos. Então minha mãe saiu com essa brincadeira, que consistia em cada um de nós escolher um carro e prestar atenção, para ver quantos haviam passado até chegarmos. Quem conseguisse mais ganhava (às vezes nada, às vezes um picolé).
E então, teve essa vez em que meu irmão caçula escolheu contar Fuscas. Putz! Não teve como ele não ganhar. Quando eu era criança, Fuscas brotavam do chão, sabem? Isso quando eles não se reproduziam nas garagens e nos estacionamentos. E foi muito engraçado, porque no final ele não conseguia mais contar. Perdemos todos de lavada, mas nos divertimos como nunca.
Posso estar errada - porque àquela altura eu ria tanto, que não me lembro bem - mas acho que meu marido disse para a nossa filha que o pai dele teve um Fusca. Digo isso, porque nos enveredamos por outra conversa engraçada.
- Diga aí, amor, como será quando nossa filha tiver seus filhos?
- O quê? - meu marido perguntou.
- Ela vai estar passeando na rua com as crianças e um pequeno dirá: Nossa mamãe, um CELTA!!! E ela contará para os filhos a história do Celta do vovô. Dos dias em que o vovô era louco por carros e a vovó também era louca - de raiva do raio do Celta.
E rimos juntos, projetando memórias que ainda virão.
Abaixo, o vídeo da música que ouvi para escrever essa crônica.
Beijinhos
Fê
Imagem
Um espaço para dividir minhas crônicas, outros textos e percepções malucas.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O Fusca e o Celta do Vovô - algumas memórias
Passeando pela blogosfera esta manhã, de link em link, acabei chegando num blog que me trouxe lembranças que já iam ficando esquecidas. O blog em questão chama-se Meu Fuscão 1972 e me lembrou de um episódio recente e de outro não tão recente assim, que remete à minha infância.
Vou fazer os relatos em retrospectiva, ok?
Estávamos, eu e meu marido, dirigindo pela W3 norte (para quem não conhece, é uma via movimentada de Brasília), quando passamos por um Fusca.
- Amor, a Nana fez uma coisa engraçada esses dias.
- O quê? - Perguntei
- Ela viu um fusca na rua e ficou encantada. Disse: nossa, papai, um FUSCA!!
E meu marido continuou o relato de como nossa primogênita, contra todas as expectativas, reconheceu um Fuscão. E mais: como ela ficou maravilhada por encontrar um carro tão antigo.
Soltei uma gargalhada, me deliciando com a inocência de minha filhota e com a infalibilidade do tempo.
Sim, porque o tempo não perdoa. Tudo o que hoje é moda, amanhã ou depois já não será mais. Já se foi a época das novidades duradouras, dos escândalos perenes, e dos bens altamente duráveis. Eu brinco sempre que não se pode acompanhar os avanços tecnológicos dos computadores, celulares e fraldas descartáveis. Porque tudo se renova muito rápido.
E me lembrei de quando eu era criança. Sempre que íamos viajar com a família - meus pais, meus dois irmãos e eu - tínhamos o costume de inventar brincadeiras para o caminho. Indo de Goiás a Minas Gerais, com três crianças brigando dentro do carro, há que se ter um pouco de imaginação, amigos. Então minha mãe saiu com essa brincadeira, que consistia em cada um de nós escolher um carro e prestar atenção, para ver quantos haviam passado até chegarmos. Quem conseguisse mais ganhava (às vezes nada, às vezes um picolé).
E então, teve essa vez em que meu irmão caçula escolheu contar Fuscas. Putz! Não teve como ele não ganhar. Quando eu era criança, Fuscas brotavam do chão, sabem? Isso quando eles não se reproduziam nas garagens e nos estacionamentos. E foi muito engraçado, porque no final ele não conseguia mais contar. Perdemos todos de lavada, mas nos divertimos como nunca.
Posso estar errada - porque àquela altura eu ria tanto, que não me lembro bem - mas acho que meu marido disse para a nossa filha que o pai dele teve um Fusca. Digo isso, porque nos enveredamos por outra conversa engraçada.
- Diga aí, amor, como será quando nossa filha tiver seus filhos?
- O quê? - meu marido perguntou.
- Ela vai estar passeando na rua com as crianças e um pequeno dirá: Nossa mamãe, um CELTA!!! E ela contará para os filhos a história do Celta do vovô. Dos dias em que o vovô era louco por carros e a vovó também era louca - de raiva do raio do Celta.
E rimos juntos, projetando memórias que ainda virão.
Abaixo, o vídeo da música que ouvi para escrever essa crônica.
Beijinhos
Fê
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Quem sou eu
A autora por ela mesma
- Fernanda Coelho
- Uma pessoa muito bem humorada, otimista incorrigível, tentando se encontrar nesse mundo maluco.
Boas vindas.
Seja bem vindo você que vem curioso, que vem interessado ou mesmo desacreditado.
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Seja bem vindo você que me lê e descobre-me aos parágrafos.
Aproveita as palavras que encontrar por aqui e fica à vontade: a casa é sua. Só não põe o pé na mesa.
Sejam todos bem vindos.
Beijinhos
Fê
Obrigada pela presença
Eu apoio
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5 comentários:
Nossa, Fê, essa sua crônica me trouxe lembranças tão boas, vc nem imagina!
Meu pai só teve Fusca. Ele comprava um e ficava anos com ele até trocar - por outro Fusca! rsrs.
Imagina vc que o último que ele comprou foi um Fusca 76 e até hoje está com a minha mãe. É cobiçado por todos os seus netos, inclusive meus filhos. Vai ser uma briga daquelas!!!
Também, pudera, ele ainda está todo original, em excelente estado. Minha mãe cuida dele igual a um filho! rsrs.
Bjo enorme.
Fusca é coisa rara...
http://vemcaluisa.blogspot.com/
Amei a sua crônica...e vou dizer o FUSCA é ainda considerado um dos melhores carros...eu andei muito nele...e gostava...hehehehe!!!amo ler vc.amiga desejo á vc.um domingo cheio de amor...beijos queridaa!!
Nossa, lindo post!! adorei de verdade!!
ahhh, muito obrigado pelo comentario na minha humilde página, fico muito grato pela força. brigação e ótimo 2011 pra vc. :D
Ei gente. Obrigada pela visita.
@Suely: Fuscas são uma espécie de paixão, mania, vício, sei lá. O fato é que quem gosta de fusca vai nessa onda até não poder mais. rsrs
@Vanessa: Hoje é mesmo coisa rara. Mas o Fusca está para a minha infância como o gol ou o celtaestão para a das crianças de hoje.
@ André: Eu é que agradeço a visita. Você é um artista admirável.
@ B.B. Woman: Muito obrigada pelo carinho, Borboleta. Uma semana glamourosa pra você.
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